Já é lugar comum dizer-se
que as pessoas são o maior activo de uma empresa.
De facto um dos principais
factores que permite frequentemente distinguir as empresas de sucesso daquelas
que falham os seus objectivos é precisamente a existência de uma equipa
motivada e devidamente qualificada para as funções existentes.
Primeiro que tudo há que
ter a equipa certa a bordo.~
Ouço frequentemente os
empresários a queixarem-se de que os seus colaboradores não tomam a iniciativa,
são apáticos, estão sempre à espera da hora de saída e que a única preocupação
é receberem o salário ao fim do mês.
Isto acontece assim por
várias razões mas a causa comum é normalmente o próprio empresário. E porquê?
Primeiro que tudo
negligencia-se a fase de recrutamento e selecção. No nosso país ainda é
frequente o recurso ao factor C, a famosa “cunha”, que até nem seria muito
grave se as pessoas favorecidas tivessem as necessárias competências técnicas e
a atitude adequada para as funções que vão desempenhar e para a equipa onde vão
estar integradas.
Portanto a primeira regra
é um processo de Recrutamento e Selecção adequado. Para tal terá de haver
previamente uma descrição detalhada da função para a qual se vai fazer o
Recrutamento, descrição que deverá conter não são as principais tarefas a
desempenhar mas também as competências (técnicas e comportamentais) desejáveis.
Frequentemente é pedido aos candidatos para fazerem “role-plays” reproduzindo
situações do dia a dia com que irão ser confrontados tendo como observadores
não só técnicos de Recursos Humanos mas também as chefias futuras. É de extrema
importância perceber-se o grau de motivação, a paixão, do candidato para o
desempenho da futura função. As competências técnicas podem ser ensinadas mas a
paixão de um candidato para o desempenho de uma função é intrínseca à própria
pessoa. Este aspecto tem uma importância acrescida quando se trata de funções
repetitivas e com elevado grau de monotonia.
Por outro lado o perfil
psicológico do candidato tem de ser avaliado, em função quer da função que vai
desempenhar, quer da equipa onde se vai integrar. Para isso podemos recorrer a
diferentes técnicas (ex: DISC, VAC).
Após o processo de
R&S, segue-se o processo de criação de uma equipa de sucesso, sendo para
isso necessário:
- Uma forte liderança. Ora não é líder quem
quer. Os líderes são escolhidos pela equipa. Não confundir líder com chefe
e muito menos com patrão. Se queremos ser escolhidos como líderes, devemos
primeiro que tudo sermos melhores, quer no aspecto técnico/gestão mas
também no aspecto comportamental. Temos de ser o exemplo a seguir, porque
os nossos colaboradores têm os olhos postos em nós e não vão desculpar
qualquer incoerência, entre aquilo que dizemos e o que fazemos.
- Definição de objectivos comuns. Os
empresários devem transmitir a sua Visão, Missão, Valores e Objectivos à
sua equipa. Devem também promover a discussão dos mesmos no sentido do seu
aperfeiçoamento. As boas ideias vindas dos nossos colaboradores devem ser
acolhidas com satisfação. Desta forma todos terão um sentimento de
pertença. Todos sentirão que aquela é a “sua” empresa. Assim será
construído um verdadeiro GPS, que irá permitir à empresa chegar mais
depressa aos seus objectivos.
- Regras do jogo: trabalhar numa empresa é como
um jogo, devendo para isso haver regras claras que todos entendam e
respeitem. Nada pior do que a indefinição ou a definição de regras depois
do jogo ter começado.
- Um plano de Acção constantemente revisto,
actualizado, para responder aos desafios que se vão colocando no caminho
para o alcançar dos objectivos definidos. Com esse Plano de Acção, todos
saberão o que é necessário fazer, dentro de que prazos, de quem á
responsabilidade por realizar cada tarefa definida, com que meios, onde e
a razão de ser dessas tarefas. Para o fazer, uso muitas vezes a mnemónica
QQQOCP. Q -Quem, Q- Quando, Q- o Quê, O- Onde, C- Como, P-Porquê.
- Suporte no risco: queremos ter pessoas
dinâmicas, com ideias, motivadas? Para isso é necessário que os
colaboradores sintam que quando tomam uma decisão não vão ser
automaticamente criticados caso os resultados não sejam os pretendidos. O
empresário ao apoiar os seus colaboradores para pensarem e tomarem
decisões de forma autónoma vai criar uma equipa de alta performance em que
1+1 é maior que 2. Portanto há que dar a necessária autonomia e
empowerment aos colaboradores.
- Envolvimento e inclusão totais e permanentes:
desde a entrada na empresa o colaborador tem de sentir que faz parte de
uma equipa, de uma verdadeira família e que não é deixado de lado pelas
chefias e colegas, logo a organização tem de desenvolver os mecanismos e
sistemas para que isso aconteça. Nada deve ser deixado ao acaso. Se
possível desenvolver sistemas (ex: Manual de acolhimento) e nunca deixar
de lado os colaboradores nas decisões que lhes dizem respeito.
Se o empresário tiver em
linha de conta os aspectos mencionados acima vai construir uma máquina poderosa
e imparável que se irá reflectir no ciclo do seu negócio. Nós entendemos que o
ciclo de negócio é realizado quando o empresário prepara e dá as melhores
condições aos seus colaboradores, estes servem melhor os seus clientes e
conquistam mais clientes para a empresa os quais por sua vez vão dar o retorno
pretendido ao empresário.
Simples não é? Claro que
a aplicação prática não é assim tão linear. Daí ser necessário o apoio de um
Business Coach da AddImpact.
Vai ver que o ROI
(Retorno do Investimento) é excepcional.
Se o que acabei de lhe
dizer faz sentido, então não hesite mais, isso só lhe irá trazer mais stress e
perda de produtividade.
Está na hora de passar à ACÇÂO.
Está na hora de passar à ACÇÂO.
Paulo Pereira
(Business Coach)
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