É comum dizer-se que os portugueses são excelentes quando se trata de
resolver situações inesperadas, improvisando. É aquilo a que habitualmente designamos
por capacidade de “desenrascanço”. Em oposição àquilo que encontramos nos povos
do norte da Europa e também em alguns países asiáticos. Tudo isto não passa de
uma atitude mental influenciada pela nossa cultura, ora as culturas podem e
devem mudar particularmente num mundo globalizado em que é possível observar as
melhores práticas e aquelas que conduzem ao sucesso.
Planear e antecipar os acontecimentos é particularmente relevante quando
falamos do mundo empresarial. Temos já diversas provas de que os portugueses
quer sejam empresários quer sejam trabalhadores por conta de outrem são capazes
de mudar a sua mentalidade mesmo em áreas altamente competitivas e globalizadas
do mundo empresarial, sem de forma alguma prescindirem da sua capacidade de
adaptação a novos contextos. O nosso ADN de povo que se habituou a rumar para
outras paragens e que na maioria dos casos se dedicou a actividades de cariz
comercial, acentua essa nossa elevada adaptabilidade.
Planeamos não para gerir o tempo,
mas para conseguir optimizar o uso do mesmo.
Quando costumo falar de gestão do tempo, costumo citar o alvo temporal
(excelente ferramenta de “gestão” do tempo). Esse alvo divide-se em quatro zonas,
a zona externa em que estão todas as tarefas não importantes e não urgentes que
é a zona da distracção. Segue-se a zona da ilusão que é a zona das tarefas
urgentes mas não importantes. Mais próximo do centro do alvo está a zona da
reacção, que parece ser a zona preferida dos empresários. Nesta estão todas as
tarefas importantes e urgentes. Finalmente no centro do alvo está a ZONA de
IMPACTO, onde estão todas as tarefas importantes mas não urgentes. Nesta estão
incluídas todas as tarefas de planeamento estratégico. A começar pela correcta
definição e divulgação da visão, missão e pontos de cultura da empresa.
Segue-se a criação do BSC (Balanced Scored Card), onde são definidos todos os
indicadores de performance chave da organização ( KPI- Key Performance Indicators).
Desta forma fica construído o painel de bordo da empresa. É também na ZONA DE
IMPACTO, que estão todas as tarefas de evolução pessoa e profissional, formação,
auto-estudo, coaching, etc.
Planear para tirar partido da
bússola do nosso cérebro
Todos nós temos no nosso cérebro, uma espécie de bússola, que necessita de
ser orientada para que o rumo seja o escolhido por nós, e não fruto do acaso.
Essa bússola chama-se tecnicamente S.A.R. (Sistema de Activação Reticular), a
existência de objectivos escritos e permanentemente visíveis e revisitados
funciona como uma espécie de campo magnético que ajudará o nosso S.A.R a
encontrar o Norte.
É precisamente graças ao S.A.R. que nós temos a capacidade de definir
rapidamente os caminhos mais rápidos para chegar aos objectivos definidos
previamente, daí que se tivermos feito a clara definição dos pontos atrás
mencionados, muito provavelmente iremos alcançar o sucesso com que sempre
sonhamos.
Planear para agir, criar momentum.
Outra das actividades de planeamento é a construção de um plano de acção,
que deve incluir um plano de vendas e marketing, bem como a definição de todas
as estratégias e acções que são imprescindíveis por em prática para que no
final o plano se concretize e se alcancem os objectivos definidos.
Não abandonar o plano à mínima contrariedade,
ajustá-lo sempre que necessário
Frequentemente os empresários, não só os portugueses mas de uma maneira
geral os ocidentais, não têm a paciência necessária para esperar pelos
resultados. Há mínima contrariedade colocamos o plano de lado e passamos a
navegar à vista. Temos de nos habituar a planear, partindo do longo para o
curto prazo e a criar planos flexíveis, que se possam ir ajustando à medida que
vão chagando os primeiros dados reais.
Aqui creio que temos de aprender com os asiáticos que definem planos de
longo prazo e raramente actuam sem planear primeiro
Ninguém planeia falhar, mas todos
falamos se não planearmos
Estamos perto de um novo ano. Se queremos que 2014 seja diferente para
melhor do que 2013 devemos desde já começar a planear o novo ano.
Uma das primeiras acções é construir um orçamento, baseado no histórico do
negócio, assim como nas expectativas de crescimento do mercado onde actuamos.
Para tudo isto devem contar com o apoio de um Coach da Addimpact, nós temos
as metodologias mais simples e testadas em diferentes negócios e ambientes
culturais, para produzir os resultados desejados.
Está na hora de entrar em acção!!!
Inicie 2014 com o pé direito vido assistir a um dos workshops gratuitos da
Addimpac, venha aprender como planear pode ser um exercício, para além de
importante, extremamente simples, motivante e revelador.
A Addimpact deseja a todos votos de um excelente 2014.
Paulo Anjos e Paulo Pereira