segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Nunca encontra as pessoas certas para trabalhar?


Muitas vezes nos interrogamos porque é que determinados negócios falham e outros prosseguem na sua via de sucesso.


São muitas as razões que explicam este facto: os negócios tal como os edifícios têm de ser
 
construídos a partir das fundações, logo da base. Frequentemente os empresários têm uma excelente ideia, possuem os conhecimentos técnicos necessários de um determinado produto ou serviço, mas esquecem-se, ou não têm os conhecimentos necessários para construir o seu negócio.


Não há dúvida nenhuma que um dos factores primordiais para o sucesso de uma empresa é a equipa. É vulgar dizer-se que o activo mais valioso de uma empresa são as pessoas. Na minha experiência na indústria pude observar como empresas desactualizadas e com baixos níveis de produtividade se transformaram rapidamente em referências mesmo a nível internacional. Embora nos dias de hoje se tenha assistido a uma mudança de mentalidade nas empresas portuguesas, no que respeita à forma como gerem os seus colaboradores, ainda é comum os empresários terem uma atitude no mínimo displicente no que respeita à gestão das pessoas. 

Logo na fase de recrutamento e selecção, não é feita uma clara definição do perfil psicológico e técnico pretendido para a função a preencher, e para a equipa onde o novo elemento vai ser incluído. Aqui, infelizmente ainda se escolhe com base nas amizades ou nas conveniências de momento, isto quando não se escolhe a primeira pessoa que bate à porta a pedir emprego. Ora o recrutamento e selecção de um novo colaborador, deve ser entendido como um investimento e um investimento que tem custos elevados, e que se for mal realizado, pode ter consequências muito negativas para a organização, não só em custos financeiros mas também na própria dinâmica e bem-estar do grupo de trabalho, para não falar também custos pessoais.

Para construirmos uma equipa vencedora temos que, para além de um recrutamento e selecção adequados, procurar respeitar seis pontos-chave fundamentais.
 

  1. Forte liderança. Não confundir liderança com o facto de se ter uma posição hierarquicamente superior ou o poder do dinheiro. Um líder só o é quando é reconhecido como tal pela equipa. O empresário que quer ser líder tem de gerir pelo exemplo, mantendo a coerência entre aquilo que diz e o que faz. Sabe que vai estar a ser constantemente observado pelos seus colaboradores e que tem de evoluir constantemente, ao mesmo tempo que faz evoluir a sua equipa e a sua empresa. Terá de ajustar o seu estilo de liderança às diferentes situações que se lhe vão deparar, em suma, terá de procurar permanentemente ser melhor como pessoa e como gestor.
  2. Clara definição e divulgação por todos dos objectivos comuns. Primeiro que tudo da visão, missão e princípios fundamentais da empresa. Depois a definição dos KPI’s (Indicadores de Chave de Desempenho) da organização. Com esta clara definição, toda a organização obterá direcção e foco, é como se tivesse um GPS. Desta forma todos saberão o que se espera deles e será mais fácil chegar ao sucesso desejado.
  3. Regras do jogo. Tal como num jogo de futebol se não houver regras claras, os colaboradores irão ficar indecisos em momentos em que é necessário tomar a iniciativa, o que irá prejudicar o resultado global.
  4. Existência e divulgação por todos de um Plano de Acção, logo para começar de um plano de Negócios que deve tal como os objectivos, ser constantemente revisto e actualizado. Nele deverão ser integrados os diferentes planos sectoriais, como o plano de Marketing ou o de Vendas.
  5. Apoio no assumir de riscos por parte dos colaboradores. É fundamental para que os nossos colaboradores sintam a confiança necessária para tomarem sempre a iniciativa que quando tomam uma decisão bem pensada, após uma análise cuidada e que o resultado final não seja o esperado, que não sejam de imediato criticados por esse facto. Assim é necessário que o empresário dê o “empowerment” necessário aos seus colaboradores, para que eles sintam que podem arriscar sempre que necessário.
  6. Envolvimento e integração totais. Desde que o novo colaborador entra para a empresa, terá de sentir-se apoiado, saber o que esperam de si, haver uma comunicação assertiva permanente.


Estes seis pontos-chave são frequentemente determinantes para definir as equipas de sucesso e as equipas que falham. Não tenho dúvidas que as empresas de referência cumprem com todos estes pontos acima referidos.

Termino relembrando a frase de Tom Peters “ A maior parte dos nossos colaboradores são motivados, cheios de energia, empenhados, entusiásticos e leais…

Excepto durante as 8 horas por dia que trabalham connosco!”
 
 
Paulo Pereira
(Business Coach) 
 
Nota: Paulo Pereira não escreve de acordo com o novo acordo ortográfico.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário