Muitas vezes nos interrogamos porque é que determinados negócios falham e
outros prosseguem na sua via de sucesso.
construídos a partir das fundações, logo da base.
Frequentemente os empresários têm uma excelente ideia, possuem os conhecimentos
técnicos necessários de um determinado produto ou serviço, mas esquecem-se, ou
não têm os conhecimentos necessários para construir o seu negócio.
Não há dúvida nenhuma que um dos factores primordiais para o sucesso de uma
empresa é a equipa. É vulgar dizer-se que o activo mais valioso de uma empresa
são as pessoas. Na minha experiência na indústria pude observar como empresas
desactualizadas e com baixos níveis de produtividade se transformaram rapidamente
em referências mesmo a nível internacional. Embora nos dias de hoje se tenha
assistido a uma mudança de mentalidade nas empresas portuguesas, no que
respeita à forma como gerem os seus colaboradores, ainda é comum os empresários
terem uma atitude no mínimo displicente no que respeita à gestão das pessoas.
Logo na fase de recrutamento e selecção, não é feita uma clara definição do
perfil psicológico e técnico pretendido para a função a preencher, e para a
equipa onde o novo elemento vai ser incluído. Aqui, infelizmente ainda se
escolhe com base nas amizades ou nas conveniências de momento, isto quando não
se escolhe a primeira pessoa que bate à porta a pedir emprego. Ora o recrutamento
e selecção de um novo colaborador, deve ser entendido como um investimento e um
investimento que tem custos elevados, e que se for mal realizado, pode ter
consequências muito negativas para a organização, não só em custos financeiros
mas também na própria dinâmica e bem-estar do grupo de trabalho, para não falar
também custos pessoais.
Para construirmos uma equipa vencedora temos que, para além de um
recrutamento e selecção adequados, procurar respeitar seis pontos-chave
fundamentais.
- Forte liderança.
Não confundir liderança com o facto de se ter uma posição hierarquicamente
superior ou o poder do dinheiro. Um líder só o é quando é reconhecido como
tal pela equipa. O empresário que quer ser líder tem de gerir pelo exemplo,
mantendo a coerência entre aquilo que diz e o que faz. Sabe que vai estar
a ser constantemente observado pelos seus colaboradores e que tem de
evoluir constantemente, ao mesmo tempo que faz evoluir a sua equipa e a
sua empresa. Terá de ajustar o seu estilo de liderança às diferentes
situações que se lhe vão deparar, em suma, terá de procurar
permanentemente ser melhor como pessoa e como gestor.
- Clara definição e
divulgação por todos dos objectivos comuns. Primeiro que tudo da visão,
missão e princípios fundamentais da empresa. Depois a definição dos KPI’s
(Indicadores de Chave de Desempenho) da organização. Com esta clara
definição, toda a organização obterá direcção e foco, é como se tivesse um
GPS. Desta forma todos saberão o que se espera deles e será mais fácil
chegar ao sucesso desejado.
- Regras do jogo. Tal
como num jogo de futebol se não houver regras claras, os colaboradores
irão ficar indecisos em momentos em que é necessário tomar a iniciativa, o
que irá prejudicar o resultado global.
- Existência e
divulgação por todos de um Plano de Acção, logo para começar de um plano
de Negócios que deve tal como os objectivos, ser constantemente revisto e
actualizado. Nele deverão ser integrados os diferentes planos sectoriais, como
o plano de Marketing ou o de Vendas.
- Apoio no assumir de
riscos por parte dos colaboradores. É fundamental para que os nossos
colaboradores sintam a confiança necessária para tomarem sempre a
iniciativa que quando tomam uma decisão bem pensada, após uma análise
cuidada e que o resultado final não seja o esperado, que não sejam de
imediato criticados por esse facto. Assim é necessário que o empresário dê
o “empowerment” necessário aos seus colaboradores, para que eles sintam
que podem arriscar sempre que necessário.
- Envolvimento e
integração totais. Desde que o novo colaborador entra para a empresa, terá
de sentir-se apoiado, saber o que esperam de si, haver uma comunicação
assertiva permanente.
Estes seis pontos-chave são frequentemente determinantes para definir as
equipas de sucesso e as equipas que falham. Não tenho dúvidas que as empresas
de referência cumprem com todos estes pontos acima referidos.
Termino relembrando a frase de Tom Peters “ A maior parte dos nossos
colaboradores são motivados, cheios de energia, empenhados, entusiásticos e
leais…
Excepto durante as 8 horas por dia que trabalham connosco!”
Paulo Pereira
Nota: Paulo Pereira não escreve de acordo com o novo acordo ortográfico.
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