terça-feira, 24 de agosto de 2010

Empreendorismo

Este é um bichinho que me mordeu desde os tempos da Universidade, criar o meu próprio negócio, ser dono do meu próprio destino, ter liberdade, criar alguma coisa, deixar uma pegada, uma marca, nesta breve passagem por este mundo.
Terminada a Universidade e começada a vida profissional, este sonho foi sendo posto de lado, em detrimento de outras obrigações e compromissos, embora nunca tenha sido completamente abandonado.
Recentemente a "mordidela" do dito bichinho, começou a dar um pouco mais de comichão e a causar algum ardor... Essa comichão e ardor foi reacendida, porque ao fazer um balanço, entre os sonhos e ojectivos versus realizações e concretizações, o saldo era claramente desfavorável, ou seja, os sonhos e objectivos eram dramáticamente maiores, do que as realizações.
Comecei a fazer este balanço algures pelo inico do ano 2009, e conclui que, devia algo a mim mesmo e àqueles que me amam. A conclusão a que cheguei é que não deveria ser menos do que o meu potencial me permite ser, ou pelo menos, deveria tentar ser no minimo aquilo que o meu potencial me permitia.
Após o fim da minha última experiência profissional, por sinal aquela que me permitiu ver com mais clareza, que estava longe daquilo que o meu potencial permitia, deparei-me com a opção de um entre dois caminhos, fazer o que sempre fiz, trabalhar para outros, implementar as suas estratégias e levá-las ao sucesso, sem daí retirar o mérito que era meu, ou criar o meu póprio projecto, definir o meu próprio rumo, deixar a minha pegada, cumprir os meus sonhos...
Decisão dificil esta, optar entre o certo e o incerto, saír da nossa zona de conforto, encarar os desafios de frente. Mas afinal o que é que nos faz crescer? Não é exactamente a segunda hipótese? Foi exacatamente a última que resolvi escolher. Estava em dívida comigo próprio há pelo menos 15 anos, e era agora ou nunca. Como é que eu conseguiria encarar-me ao espelho daqui a 20 anos, e perguntar a mim mesmo, como teria sido, se pelo menos tivesse tentado?
Afinal são estas decisões dificeis, que nos fazem crescer, porque fazem aumentar a nossa zona de conforto e nos permitem encarar desafios cada vez maiores.
Bem sei que a conjuntura não ajuda, que o país, a Europa, enfim o mundo estão em crise, mas também é nestas alturas que as grandes oportunidades nos surgem pela frente, e o comboio não passa segunda vez.
Tenho todos os condimentos, para que as coisas corram bem, os conhecimentos, a experiência, a ambição e a atitude certa (comprometimento a 100%) e o tal nó de incerteza, no estomago, que me diz que tomei a decisão certa. O balanço fica para depois, até porque o meu projecto ainda  é uma crinça espantada com o mundo que a rodeia...

Paulo Anjos

(Mentor de Negócios e Empresário)